para onde vai A Luz que Perdemos | Jill Santopolo

Existem algumas coisas que mudam a sua vida completamente. E, mais do que isso, existem pessoas que tornam cada momento ainda mais intenso.

Os caminhos de Lucy e Gabe se cruzaram em um dos dias mais trágicos para a história dos Estados Unidos, o ataque às Torres Gêmeas no fatídico dia 11 de setembro. Embora o mundo tenha parado quando isso aconteceu, eles podiam sentir que sua trajetória juntos estava apenas começando, e logo sentiram a necessidade de fazer alguma coisa que tornasse o mundo um lugar melhor. 

Com Lucy contando a história, descobrimos, em capítulos curtos e de leitura super fluida, como o romance entre os jovens se desenvolveu, percebendo como sua ligação permaneceu intacta ao longo de todos encontros e desencontros durante a vida, independente de onde (ou com quem) estivessem.

Ela é uma personagem muito forte, em todos os sentidos da palavra, e ver o quanto sempre lutou por sua independência e pelo que ela acreditava foi muito inspirador e me deixava comemorando a cada novo confronto. Mesmo sendo bem sucedida na sua carreira como roteirista em Nova York, feliz em sua vida com seus filhos e o amável marido Darren, Lucy não pode evitar refletir sobre o destino e o peso real de todas as suas escolhas. 

Principalmente as que foram feitas para ela. 

Gabe é um fotojornalista sonhador e genial, que sempre se interessou por arte e teve uma visão muito única do universo, enviado para trabalhar no Oriente Médio e viajar ao redor do mundo, sentindo necessidade de priorizar sua carreira e fazer alguma diferença significativa por onde passasse.

Essa é uma história carregada de arte e cultura, que questiona tudo o que envolve o amor, a perda e a culpa presente na jornada cada vez mais delicada do autoconhecimento.

Foi talvez uma das narrativas mais maduras que já encontrei, onde nenhuma decisão foi facilmente tomada e tudo parecia ficar cada vez mais confuso e desafiador. Se a vida não é uma mistura de confusão e desafios, eu não sei o que é… 

Gostei muito mais do que esperava e acabei chorando muito quando cheguei no final. Se você é fã de amores intensos e costuma se questionar sobre seu lugar no mundo, coloque esse livro na lista e se prepare! 

 O amor faz isso. Faz você se sentir invencível e infinito, como se o mundo inteiro estivesse à nossa disposição, tudo pudesse ser conquistado e todo dia fosse repleto de maravilhas. Talvez porque nos abrimos para alguém, nos deixamos penetrar pelo outro. Ou talvez amar seja se doar tão profundamente a outra pessoa que o coração da gente se expande.