Surpreendente | Maurício Gomyde



É seguro dizer que o título do livro fala pela obra em si. Quando comprei "Surpreendente", foi graças às críticas maravilhosas que eu via a respeito dele em todo lugar - resenhas em blogs, postagens no Instagram.

Mentirosos | E. Lockhart


É com um nó na garganta, fogos de artifício nos olhos e um extintor de incêndio nas mãos que venho lhes apresentar a família Sinclair. 
Poder, Dinheiro, Ganância, Mentiras. Mentirosos. Meias verdades. Os Sinclair são sorrisos largos e queixos quadrados. Não são criminosos, viciados ou ao menos fracassados. Ah, não... são piores que isso. Muito piores.

Eles são Sinclair. Ninguém é carente, ninguém erra. Vivem, durante o verão, em uma ilha particular. Creio que isso seja tudo que precise saber a respeito deles.

O exemplar escrito por E. Lockhart e publicado pela editora Seguinte se chama "Mentirosos", contém 270 páginas carregando palavras destemidas e pesa quase tanto quanto a culpa que Cady carrega nas costas. Machuca na mesma proporção de uma infeliz enxaqueca.

A trama é narrada por Cadence Sinclair, a neta primogênita e Futura Herdeira descreve de maneira crua o jeito com que sua família jamais admitiria estar destinada as chamas, e ainda assim, são tão apegados em objetos inúteis, cultivando brigas por jóias tradicionais e mansões com vista para o mar enquanto ela e os primos só tentam se divertir.

Cadence, Mirren, Johnny e Gat.
Gat, Johnny, Mirren e Cadence.
Foi aqui que tudo começou.

Quatro Mentirosos dançando na luz de um amor perigoso e se quebrando durante a noite, sabendo que não há ninguém como eles, insaciavelmente insanos e recíprocos. Promessas feitas e não cumpridas. Nada era melhor do que se sentirem juntos em casa, onde todos sabiam onde encontrar o outro, dormindo em casarões com todas as luzes acesas.

Eles nasceram com gasolina e fósforo dentro de si, e o mundo estava destinado a apagar e queimar tudo – mas também transformá-los em puro ouro, tão dourado quanto seus cabelos. O verão era destinado a eles naquela Ilha em que se encontravam todo ano.

Foi no verão dos quinze que Cady acordou na costa da Praia Pequena com hipotermia, culpa, ferimentos – na cabeça, na alma – e uma aparente amnésia. Dois anos se passam sem que Cadence se lembre de absolutamente nada do ocorrido e o mistério deu a largada. Tudo desmorona. Depressão, fortes dores de cabeça, analgésicos. 

Estalos baixos, chuva fraca, zero sarcasmo, falta de café forte.
Beijos no canto do rosto, abraços apertados. Saudades. Dores de cabeça. Amnésia. Repete. 
A única solução aparente para Cady era voltar para a Ilha e tentar solucionar o quebra-cabeça de quatro casas que se alojava no seu lobo frontal.

Todos os caminhos estavam bloqueados, então Cady se sentou no meio fio e escutou os ecos de suas Mentiras – a Mentira de todos. Tudo mudou. Eles fecharam todas as janelas e portas, todos os meios de entrada. Por que ela deixou? Ela sequer tinha voz? Era ao menos corajosa? Droga de acidente. Droga. De. Acidente. 

Só de pensar que tudo o que importa para todos teve de morrer, toda a ousadia, o poder, o crime perfeito, a derrubada do patriarcado... tudo mera ilusão. A tragédia é feia e complicada, idiota e confusa. Tudo uma grande Mentira, contada por Mentirosos. Os Mentirosos mais inesquecíveis do mundo. 

Este livro é repleto de subjetividade, uma vez que a distorção do significado de palavras brinca com sua mente do mesmo jeito que Golden Retrievers brincam com seus donos. Aliás, brincavam. Leiam as palavras de Lockhart intermediadas por Cadence Eastman Sinclair, a neta primogênita que aguenta enxaquecas e gente idiota, a futura herdeira que distorce significados e suporta as coisas. Que discute sobre tudo aquilo o que realmente importa no mundo com as pessoas que mais importam no seu universo.

Garanto que não irão se arrepender. Podem no máximo contribuir para um grande e enorme desmoronamento. Mas não contem a ninguém! Se alguém perguntar, minta. 








Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo | Benjamin Alire Sáenz


Algumas memórias jamais irão se extinguir do Seu Universo. Elas deixarão pegadas de nostalgia para uns, cheiros característicos para outros e regras diferentes de como viver a vida para Aristóteles e Dante. Às vezes, essas mesmas memórias se tornam segredos.

A Febre | Megan Abott


Se você se interessa por livros de suspense agoniantes, do tipo que demora para você conseguir entender o que diabos está acontecendo, aqui vai uma boa recomendação para acrescentar à sua lista de leituras. 
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