Anxious People | Fredrik Backman

Logo antes de eu começar a ler esse livro, eu vi um comentário que me deu aquela sensação conhecida bem quentinha de que esse livro seria espetacular. O comentário era: “Anxious People” se torna gradualmente mais verdadeiro do que a própria vida.

Cara, isso não podia estar mais próximo da verdade.

É o dia antes a véspera do ano novo em uma cidade tranquila, segura e pequena, quando uma pessoa extremamente preocupada, sem dinheiro para pagar aluguel e com medo de perder a guarda das filhas, tenta roubar um banco exigindo a quantia exata de 6.500 kronos (moeda local), o que não deu certo, porque era um daqueles bancos que não têm dinheiro.

A polícia estava perto de invadir o local quando a pessoa infratora, ainda usando uma máscara de ski e carregando uma arma falsa, foge para um apartamento próximo e intencionalmente transforma uma visita ordinária de compra do local em uma situação extraordinária de reféns.

Esse mistério acontece em sua maior parte dentro desse apartamento, com oito pessoas peculiares, conectadas por uma ponte suicida, que estavam procurando por um lugar para comprar. Cada uma dessas pessoas personificam a palavra “anxious” (ansiosas) do título do livro. Chorando, a pessoa que tentou roubar o bando desesperadamente pede perdão, dizendo “estou tendo um dia muito complicado!”.

Acontece que todos nós estamos.

Essa é uma história sobre várias coisas, mas principalmente sobre idiotas. Quer dizer, não devemos esquecer o quão idiotamente difícil é ser humano, especialmente se você tem outras pessoas pelas quais precisa ser alguém decente.

Se você não está familiarizado com o termo “síndrome de estocolmo”, é uma condição psicológica nomeada em razão de um assalto bancário na cidade de Estocolmo, quando quatro funcionário do banco foram tomados por empatia pelos assaltantes.

O autor teve a brilhante ideia de expandir esse conceito para abranger a todos nós, nossas ansiedades, nossa empatia pelas demais pessoas e nossas dificuldades diárias, com o intuito de fazer com que nós, leitores, sentimos empatia e nos identificamos com o assaltante.

Essa é uma história escrita de maneira muito profunda e humorística sobre a vida, o casamento, sobre paternidade/maternidade, amor e sobre a morte, então é melhor você se preparar para ser refém desse autor que que nos lembra que somos todos idiotas e o quão idiotamente difícil é ser humano.