O Visconde que me Amava | Julia Quinn

Afinal, o que te cativa tanto em um livro? Como você qualifica uma boa leitura? Basta gostar, aprender algo ou se conectar?

Gostei bastante da narrativa hilária de inimigos que se apaixonam e precisam fingir que não suportam o outro, esse tipo de romance tem um lugar especial no meu coração, e sempre terá! As respostas afiadas, os olhares intensos e a contemplação antes de dormir sobre porque aquele ser tão odiado estaria se esquivando em seus sonhos e te fazendo sonhar acordado! Alguém mais faz parte do clube dos românticos sem cura?

Mas além de gostar, também pude tirar uma lição pessoal valiosa dali, o que é incrível! Algo que eu não sabia que era tão importante para mim até ler *O Visconde Que Me Amava* era ter um companheiro que olhasse para mim e se sentisse a vontade para confessar seus medos e insegurança, e que eu pudesse encontrar esse refúgio também. Foi emocionante me dar conta de algo tão pessoal em um livro escrito há 21 anos sobre uma época de 200 anos anteriores!

Mesmo assim, algumas coisas me incomodaram na história e impediram que eu me conectasse 100%, mas mas sei muito bem que a culpa disso são os costumes do século XIX, com sua incessante necessidade de reduzir a mulher a somente um papel: fazer um homem acreditar que elas são dignas de carregar seu último nome logo após o Lady.

Bom, é muito difícil para mim, que cresci cercada de mulheres fortes e independentes e por consequência me tornei uma, ter como exemplo de casal a Kate e Anthony, mas não posso ignorar o quanto me diverti e me emocionei com essa história!