Sabe
aqueles livros que lemos em uma tarde e fazem com que nós, meros mortais leitores,
desejamos ser o amigo confidente da autora para saber os detalhes de como
aquela história nasceu? Foi o que aconteceu comigo.
“Não
Se Enrola, Não.” é muito mais sobre mim do que a própria personagem, na
verdade. O que vocês não sabem é que a autora, de mesmo nome da protagonista,
Isabela Freitas, deu uma de Taylor Swift e roubou meu diário para ficar famosa,
porque esse livro é MEU! Dividimos muito mais do que boa parte do nome, uma vez
que eu me chamo Isabelli, e compartilhamos também o mesmo curso de faculdade,
mesmo sonho, mesmo gosto musical, gosto literário e ainda o péssimo hábito de
nos apaixonarmos pelo melhor amigo. Aliás, melhor amigo, espero que não esteja
lendo isso.
A
história me ganha quando a protagonista, na segunda página, diz que caiu fora
do curso de Direito que cursava em sua cidade pequena, Juiz de Fora/MG, para
trabalhar na editora Zureta, em São Paulo, pois haviam a descoberto por meio de
seu blog pessoal. Ah, as aventuras a partir daí são animadas! Rolês pela
Paulista, amassos com seu melhor amigo sem compromisso nenhum e todas as
novidades em ter seu próprio apartamento com 24 anos invadiram as páginas e
preencheram minha madrugada conforme a história se desenrola, e claro, as
risadas vieram junto.
Bom,
seria hilário se não fosse trágico, na verdade! Rá! Durante a história temos um
discurso sobre respeito, confiança, cumplicidade, diálogo e admiração pelo
ponto de vista de uma jovem adulta com baixa autoestima, que se vê no meio do
olho de um furacão ao ser obrigada a lidar com dificuldades no trabalho,
saudades a família e amigos que precisou deixar para trás, e ter que suprimir
seus sentimentos pelo seu melhor amigo, Pedro, que também é seu vizinho e ombro
apoio para derramar lágrimas desde que tinha 19 anos.
O
livro chega a ser comovente, pois quando nos deparamos com uma menina
abarrotada de sentimentos e obrigações, que não parece conseguir sair de sua
própria espiral, questionando tanto sobre as consequências de amar e ser amado,
percebemos que o drama do amor é só isso mesmo: um drama, um chilique que você
não se dá ao luxo de sentir mais, mas nunca de fato muda. Mesmo assim, amei ver
a criança besta e o sapo simpático que a Isabela é em meio ao seu caos pessoal,
e a mensagem transmitida de que com os amigos, mesmo aqueles que pegam suas
roupas novinhas emprestadas e não devolvem, tudo melhora e se simplifica.
Entretanto,
mesmo com todas as risadas, senti falta de algumas coisas na obra. Queria que o
livro fosse maior, ou então que os personagens fossem um pouco mais
desenvolvidos. Por exemplo, tudo que eu sei do Pedro é que ele é cantor, um
cara sem esperanças quando falamos do amor, melhor amigo da Isabela e ama
chama-la de Branquela, ou a falta de informações da Amanda, a outra melhor
amiga da Isa, e do Bruno, colega de trabalho desta. Assim, todos estes detalhes
importantes dos personagens que fluem com a obra fizeram muita falta para unir
ainda mais o leitor com o enredo.
Gostaria
de ter um background dos personagens de forma um pouco mais sólida, mas isso
não torna a escrita da autora menos gostosa de ler, muito menos faz com que não
valha a pena ler a história! O romance ainda deixa a gente rindo à toa, e o
Pedro ainda nos arranca suspiros quando se refere à Isabela como “Branquela”,
então, definitivamente vou ler o resto da série, publicada pela editora Intrínseca.
No fim
das contas, amei cada segundo lendo o livro de 174 páginas, e ainda fui bem
induzida a puxar ele da estante da livraria, já que a capa chama atenção do
público alvo na hora de comprar, e o formato do livro é gostoso de segurar e
fácil de levar para os lugares, ou seja: Sem desculpas para deixar esse livreto
passar em branco! Sendo assim, “Não Se Enrola, Não.” ganha 4 estrelas na minha
categoria de Livros Para Ler Em Um Dia do meu diário literário!
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